Três Corações, 27 de fevereiro de 2024.
*Repórter João Otávio
Na cidade de Três Corações, a busca por uma comunidade mais inclusiva e acessível é uma pauta que ganha cada vez mais relevância. Acessibilidade não é apenas uma questão de infraestrutura, mas também de direitos humanos e igualdade de oportunidades. Neste contexto, é importante refletir sobre as dificuldades enfrentadas por pessoas com deficiências e as medidas necessárias para garantir seu pleno exercício de cidadania.
Pessoas com deficiências têm os mesmos direitos que qualquer cidadão, incluindo o direito ao lazer, à prática de atividades físicas e à livre locomoção. No entanto, muitas vezes, esses direitos são cerceados devido à falta de acessibilidade. É fundamental que a sociedade compreenda que acessibilidade vai além de rampas e banheiros adaptados, abrangendo também o acesso a serviços culturais, esportivos e de entretenimento.
Embora avanços tenham sido feitos, ainda há muito a ser feito em termos de infraestrutura acessível em Três Corações. Calçadas estreitas, ausência de rampas adequadas, falta de sinalização tátil e obstáculos nas vias públicas são apenas alguns dos desafios enfrentados por pessoas com deficiências físicas ou visuais. Essas barreiras tornam difícil e, por vezes, perigoso, o deslocamento dessas pessoas pela cidade. Um desses exemplos é Pedro Anísio, morador do bairro Nsa Aparecida, que relata um pouco das dificuldades enfrentadas no dia-a-dia.
“Olha… alguns desafios sim. Por exemplo, subir o passeio, tem muitos passeios altos. Quando você vai passar também no transito, nem todos respeitam; você tem que esperar eles passarem com o carro. Passa as vezes em alta velocidade e assim por diante. Em muitos lugares não tem onde a gente passar. Depois que eu tive AVC (Acidente Vascular Cerebral) eu encontrei muitos desafios, mas também encontrei muitas pessoas sensíveis que ajuda.” relatou Pedro Anísio
Exemplos como o de Pedro, são significativos, pois retratam que muitas vezes são negligenciados ou esquecidos. Além das questões estruturais, a falta de conscientização por parte da população também é um obstáculo à plena inclusão. Motoristas que não param nas faixas de pedestres, estabelecimentos comerciais sem acessibilidade adequada e a falta de respeito em espaços públicos são situações recorrentes que dificultam a vida das pessoas com deficiência. E mesmo que existam dificuldades, ainda existem, como Pedro citou, pessoas que ajudam e respeitam a pessoa com deficiência. Por isso, é essencial promover campanhas de conscientização para sensibilizar a comunidade sobre a importância de respeitar e garantir os direitos das pessoas com deficiências.
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