A rotina de deslocamento dos trabalhadores de Três Corações foi analisada pelo Censo 2022, divulgado na ultima quinta-feira(9), e os dados mostram que a maioria dos tricordianos leva até meia hora para chegar ao serviço. De acordo com o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 9% gastam até 5 minutos, 27% levam de 15 minutos a meia hora e 23% ficam entre meia hora e uma hora no trajeto.
Esses números revelam que, em geral, o trabalhador tricordiano tem um percurso considerado curto ou moderado, especialmente se comparado a grandes centros urbanos, onde o tempo médio costuma ultrapassar uma hora facilmente.
Na comparação com cidades vizinhas do Sul de Minas, o cenário também se mantém equilibrado. Em Varginha, 34% dos trabalhadores gastam entre 15 minutos e meia hora para chegar ao trabalho. Em Pouso Alegre, esse percentual é de 40%, e em Poços de Caldas, 36% dos moradores estão na mesma faixa de deslocamento. Esses dados refletem a estrutura urbana das cidades médias da região, que concentram empregos em áreas centrais, mantendo os trajetos mais curtos.
No contexto nacional, o Censo 2022 mostra que dois em cada três trabalhadores brasileiros cerca de 67%, levam até meia hora para chegar ao trabalho, um aumento em relação a 2010, quando o índice era de 65%. Outros 20% gastam entre 30 minutos e uma hora, e 10% levam de uma a duas horas. Já 1%, o equivalente a 1,3 milhão de pessoas, enfrenta mais de duas horas de deslocamento diário, realidade comum nas grandes capitais.
O IBGE ressalta que o cálculo considera o tempo entre o domicílio e o local principal de trabalho, sem incluir paradas intermediárias, como levar filhos à escola. O estudo também aponta diferenças entre grupos populacionais: 71% dos trabalhadores brancos chegam ao trabalho em até meia hora, enquanto entre os pretos o percentual é de 60%, evidenciando desigualdades no acesso a moradias próximas e ao transporte público.
As mulheres aparecem um pouco à frente dos homens: 68% delas chegam ao trabalho em até meia hora, contra 66% dos homens.
Em Três Corações, o padrão se mantém semelhante à média nacional, mas com vantagem para os trabalhadores locais, que contam com distâncias mais curtas e menor tempo de trânsito. Esse cenário reflete o porte da cidade e a concentração das atividades econômicas na região central.
Especialistas, no entanto, alertam que o crescimento urbano e a expansão dos bairros mais afastados exigem atenção das políticas públicas de transporte e mobilidade, para que a qualidade de vida e o equilíbrio no tempo de deslocamento sejam preservados nos próximos anos.
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