19 de Dezembro de 2024, 13h55 Por Elisson Gonçalves
Três Corações, MG – O número de casos de maus-tratos a animais tem crescido no Sul de Minas, e os dados de Três Corações (MG) confirmam a tendência. De acordo com a Polícia Civil, foram registradas 137 ocorrências relacionadas a maus-tratos no município em 2024, um aumento em relação aos 121 casos registrados em 2023. Embora o crescimento seja considerado ligeiro, ele evidencia um problema persistente que exige atenção e ação por parte da sociedade.
Caso de agressão a cavalo gera comoção e reacende debates
Entre os casos registrados, um episódio ocorrido neste ano chamou a atenção e gerou repercussão local. Um vídeo mostrando um carroceiro agredindo um cavalo viralizou nas redes sociais, provocando indignação e reacendendo o debate sobre o uso de animais para tração no município. A situação levou ao retorno de discussões sobre um projeto de lei que visa proibir o trabalho de tração animal em Três Corações, destacando a necessidade de medidas que protejam os direitos dos animais.
Maus-tratos vão além da agressão física
O médico veterinário Charles Guedes ressalta que maus-tratos a animais não se limitam às agressões físicas. “Prolongar doenças sem tratamento adequado, manter o animal em condições inadequadas de abrigo, ou deixá-lo sem alimentação e água são atos que configuram maus-tratos”, alerta. Ele reforça que os direitos dos animais, previstos em lei, devem ser respeitados, incluindo acesso a alimentação, cuidados médicos e condições dignas de vida.
Penalizações e o papel da sociedade
O delegado da Polícia Civil de Três Corações, MG Dr. Luciano Teobaldo destacou as penalizações para quem comete maus-tratos. “O crime é punido com reclusão de dois a cinco anos, multa e até proibição da guarda de animais. Em casos de morte do animal, a pena pode ser aumentada em até um terço”, explicou. O delegado reforçou a importância da denúncia para combater esses crimes, orientando a população a registrar ocorrências com segurança e colaborar com as investigações.
Compreendendo as motivações por trás da violência
A psicóloga Maisa Mendes trouxe reflexões sobre o que pode levar alguém a cometer maus-tratos contra animais. “Não é possível afirmar que todos os casos estejam relacionados a distúrbios psiquiátricos. Uma pessoa em plena consciência também pode cometer esses atos. No entanto, é possível identificar traços comportamentais em indivíduos que praticam esse tipo de violência, como transtorno de conduta, transtorno antissocial, transtornos de controle de impulso e até transtornos parafílicos”, explicou.
O combate aos maus-tratos exige ação coletiva
O aumento nos casos de maus-tratos a animais evidencia a necessidade de conscientização, políticas públicas efetivas e ações conjuntas entre autoridades e sociedade. Denúncias podem ser feitas de forma segura através do número 181 ou diretamente nas delegacias de polícia.
O respeito à vida animal é mais do que uma obrigação legal; é um compromisso ético e social que reflete o grau de humanidade de uma sociedade.
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