Três Corações, 09 de fevereiro de 2024.
A tensão entre a Fundação Hospitalar São Sebastião e a Prefeitura Municipal atingiu um novo patamar ontem, acrescentando mais um capítulo a uma crise que se arrasta desde os últimos meses de 2023. O impasse inicial girava em torno de questões contratuais, com a fundação se recusando a assinar o contrato alegando inviabilidade técnica e judicial, segundo o gestor do Hospital, Vanderlei Toledo.
Após supostamente superar essas questões, a Prefeitura Municipal teria colocado condições consideradas impraticáveis pela fundação, o que levou a outro impasse após o primeiro ser superado. A Secretaria Municipal de Saúde, SarahMaria Andrade Gomes, afirmou que o município abriu mão dessas condições, mas o impasse persistiu, com um novo episódio, devido à falta de repasses financeiros do contrato na data determinada, totalizando três milhões de reais em atraso. O que culminou nesse desenrolar a paralisação dos médicos aos atendimentos básicos, apenas atendendo emergências. O município tanto através das falas da secretária municipal de saúde Sarah Maria Andrade Gomes, quanto do prefeito Gordo Dentista, justificou que o município está enfrentando questão financeiras e esse era o motivo da dificuldade em realizar os repasses do contrato.
Diante dessa situação, a Fundação Hospitalar optou por acionar a justiça, bloqueando as contas do município até que a dívida seja quitada. O prefeito Gordo Dentista se manifestou na tarde de ontem (08/02) pedindo compreensão, se não era possível, aguardar mais um mês, para que a situação fosse resolvida edurante sua fala levantou suspeitas sobre a atual administração e gestão do hospital, provocando o concelho do hospital a se posicionar sobre o assunto.
“(…) mais uma vez,contra a minha vontade;que eu disse que não iria aparecer mais. Solucionado o problema do Hospital São Sebastião da pior maneira possivel, ou seja, o Hospital São Sebastião pegando mais dinheiro do muncipío. (…) olha a situaçãoque o muncipio está. Esse assunto não poderia ser postergado por mais um mês? Não! Entrou com uma ação para bloquear ascontas do muncipio. (…) agora que quero fazer uma pergunta senhores curadores do hospital… senhores do concelho municpal de saúde. Até quando vai ter gente mandando no hospital? Quando os senhores aprovam uma ata, voces lêem, e veem que omitem algumas coisas… Voces acompanham o processo licitatório das obras do hospital para ver quem ganha? Se não tem dinheiro do municipio colocado nessas obras… senhores concelheiros, tá muito fácil isso ai…” Prefeito Gordo Dentista.
Nossa reportagem entrou em contato com o gestor da Fundação Hospitalar São Sebastião, mas até o fechamento dessa matéria não recebemos resposta.
Outro momento importante durante a fala do prefeito, foi quando ele mencionou as condições do atuais do pronto socorro.
“Aquilo é pronto socorro? Faz,faz, faz,faz, obra no hospital; que dia que vai ter um homem corajoso para reformar o pronto socorro? Eu falo mesmo, eu não ajo na surdida com leis, eu falo… só que eu preciso de apoio e não tenho…” Prefeito Gordo Dentista.
Os questionamentos do prefeito sobre a adequação do pronto socorro merecem algumas reflexões: a Fundação Hospitalar São Sebastiao não é um hospital público, pelo contrário. É uma instituição particular contratada pelo município para prestar o serviço de pronto socorro, o qual o município tem obrigação legal de prestar aos munícipes.
Assim, se o prefeito entende que as instalações são inadequadas o que se questiona é: não deveria, portanto, o município contratar outro estabelecimento mais adequado ou mesmo construir um pronto socorro municipal?
Enquanto a questão não se resolve, e no meio dessa crise que envolve tantos milhões, é lamentável que seja a população a arcar com esta conta.
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