O renomado cardiologista Alan Max explica os desafios enfrentados por João Carreiro e os riscos envolvidos na cirurgia para corrigir sua condição cardíaca
No último dia 3, o mundo da música sertaneja ficou abalado com a trágica notícia da morte de João Carreiro, aos 41 anos. O cantor enfrentava um quadro crônico em que as válvulas do coração não fechavam corretamente, levando a complicações graves e, finalmente, a uma cirurgia cardíaca de alto risco.
O médico cardiologista Alan Max, em entrevista ao programa Chamada Geral nesta quinta-feira (4), detalhou a condição de João Carreiro e os desafios enfrentados durante o procedimento cirúrgico. Segundo o especialista, o sertanejo sofria de uma insuficiência na válvula mitral, o que causava sintomas como palpitações, falta de ar e fadiga.
“As válvulas ficam mais frouxas e vão causando uma insuficiência. Ela vai ficando mais aberta e aquilo sobrecarrega o coração”, explicou o médico. Ele destacou que a cirurgia para corrigir essa condição é considerada de alto risco devido à complexidade do procedimento.
Durante a entrevista, o Dr. Alan Max detalhou o processo da cirurgia necessária para tratar a condição de João Carreiro. Para corrigir a válvula mitral, é necessário abrir o peito do paciente, parar o coração e utilizar uma circulação extracorpórea. Isso implica em inserir uma cânula na veia aorta e na parte superior do coração, enquanto um coração artificial circula o sangue. Durante esse período, um medicamento é injetado para interromper os batimentos cardíacos, permitindo a troca da válvula.
“Não é uma cirurgia simples”, ressaltou o cardiologista, evidenciando os desafios enfrentados pelos pacientes submetidos a esse tipo de procedimento.
A perda de João Carreiro deixa uma lacuna na música sertaneja e, ao mesmo tempo, destaca a importância da conscientização sobre as condições cardíacas e a necessidade de cuidados preventivos. A comunidade artística e os fãs lamentam a partida prematura do cantor, cuja contribuição para a música sertaneja será lembrada com carinho.