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Vereadora Juliana Prudêncio é alvo de investigação por abuso de poder político e uso da máquina pública.

07 de Outubro de 2024, 13h24 Por Elisson Gonçalves 

Três Corações, MG – A vereadora Juliana Prudêncio (PSB), que não conseguiu ser reeleita nas eleições municipais desse ano, está no centro de uma investigação judicial eleitoral conduzida pelo Ministério Público. A acusação envolve abuso de poder político e uso indevido da máquina pública para promoção pessoal e política, o que teria gerado um desequilíbrio na disputa eleitoral.

De acordo com a investigação, a então candidata promoveu sua imagem através de mutirões de castração de pets, utilizando a estrutura da Câmara Municipal e da Prefeitura de Três Corações. O Ministério Público alega que, ao associar sua candidatura a esses eventos, a vereadora comprometeu a isonomia entre os candidatos, desequilibrando a competição eleitoral.

Provas foram coletadas durante o processo, incluindo documentos da Câmara Municipal, da Prefeitura e da Associação de Proteção Animal Arca de Noé, responsável pela execução do programa de castração. Entre as irregularidades apontadas, destacam-se o uso do prédio da Câmara para o cadastramento de beneficiários do programa e a colocação de banners nos mutirões, que traziam claramente a imagem da vereadora Juliana Prudêncio, associando a ação ao seu mandato e candidatura.

Segundo a promotoria, a vereadora utilizou seu capital político não apenas para captar recursos e divulgar o projeto, mas também para promover sua imagem pessoal, de modo a fazer com que os eleitores acreditassem que a ação era de sua iniciativa. Durante os mutirões realizados em 2024, banners com sua imagem foram afixados nos locais, sugerindo que a vereadora era a responsável direta pelo programa de castração.

Apesar de não ter sido reeleita, a Promotoria Eleitoral considera a conduta de Juliana Prudêncio grave e pede a cassação de seus direitos políticos por um período de 8 anos. A denúncia também cita um termo de parceria firmado entre a ONG Arca de Noé e a Prefeitura para a castração de 1.460 pets, o que, segundo a promotoria, pode ter influenciado muitos eleitores, já que os pets são considerados parte da família por muitos cidadãos.

O caso segue em investigação, e novas informações devem ser divulgadas em breve.

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Redação Cidade
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