Sul de Minas tem terceiro mês seguido com mais demissões do que contratações

O Sul de Minas registrou em setembro o terceiro mês consecutivo com mais demissões do que contratações formais, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. A região fechou 380 postos de trabalho com carteira assinada, resultado negativo, mas que mostra uma desaceleração nas perdas.

Em agosto, o saldo havia sido bem pior, com 4.317 vagas a menos, e em julho, 1.802. Apesar da sequência negativa, o acumulado de janeiro a setembro ainda é positivo, com 21.286 novos empregos nas 162 cidades do Sul de Minas. O número, no entanto, representa uma queda de 26% em relação ao mesmo período do ano passado — sinal de que o ritmo de geração de vagas está mais lento.

Entre os municípios que mais contrataram em setembro, Pouso Alegre lidera com 560 novas vagas, seguida por Extrema (286), Boa Esperança (175), Varginha (134) e Passos (102). Já entre as cidades que mais sentiram o impacto das demissões estão Três Corações, com 237 vagas fechadas, Capetinga (120), Santa Rita do Sapucaí (119), Campestre (107) e Três Pontas (101).

No acumulado de 2025, Pouso Alegre se mantém como destaque regional, com 3.056 vagas abertas entre janeiro e setembro. Na sequência aparecem Extrema (1.842), Paraisópolis (1.260), Varginha (1.183) e Passos (926). Do outro lado, Poços de Caldas lidera o saldo negativo no ano, com 275 vagas a menos, seguida por Claraval (-91), Pratápolis (-83), Capetinga (-72) e Pedralva (-61).

O Caged é o levantamento oficial que mostra quantas pessoas foram contratadas e quantas perderam o emprego com carteira assinada. Quando o saldo é negativo, significa que houve mais desligamentos do que admissões. É um termômetro da economia, que reflete o ritmo das empresas, o impacto nas famílias e o movimento do comércio em cada cidade.

De acordo com especialistas, fatores como sazonalidade, ajustes de produção na indústria e no agronegócio, término de contratos temporários e reorganização das empresas diante de custos e demanda explicam a variação nos números.

O primeiro semestre foi o mais forte do ano, com destaque para maio, que registrou 8.936 vagas abertas. Já o segundo semestre começou mais lento, com três meses seguidos de resultado negativo.

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