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ATÉ QUE UM DIA

Quando nos livramos dos fantasmas, quando deletamos todos os presságios, podemos sentir, com mais clareza, o que significa a luz.
É um momento. Só um momento. Mas de momentos é feita a vida.
Em “Os Demônios”, de Dostoiévski, Kirilov fala do que sentiu durante um ataque de epilepsia: “Existem segundos – apenas uns cinco ou seis simultâneos – que você sente de chofre a presença de uma harmonia eterna plenamente atingida. Isso não é da terra. Não estou dizendo que seja do céu, mas que o homem não consegue suportá-lo em sua forma terrestre. Precisa mudar fisicamente ou morrer. É um sentimento claro e indiscutível. É como se de súbito você sentisse toda a natureza e dissesse: sim, isso é verdade!”
Sim, é verdade.
E para penetrarmos em nossa verdade precisamos, todos os dias, compreender a luz e as trevas.
Compreender o princípio e o fim…
Até que, um dia, a “harmonia eterna plenamente atingida” volte à nossas vidas.

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